23 julho 2021

Gilberto Ribeiro Contabilidade & Consultoria

ECONOMIA - Confiança do consumidor melhora com expectativa de volta à normalidade

A sensação de que a pandemia está sob relativo controle renovou o ânimo do consumidor brasileiro, cuja confiança avançou quatro pontos na passagem de junho para julho, segundo o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O indicador passou de 69 pontos para 73 na variação mensal, na segundo alta seguida. “A retomada da confiança pode estar relacionada com o aumento de renda, provocado pela volta do auxílio emergencial, pela maior geração de empregos, maior disponibilidade de crédito e, sobretudo, pelo avanço da vacinação”, diz Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.

Apesar da melhora, o INC ainda não rompeu a barreira do pessimismo. O indicador varia de zero a 200 pontos, sendo que somente pontuações acima de 100 denotam otimismo.

O resultado de julho mostra, porém, que as expectativas do consumidor para os próximos meses são positivas. O desemprego ainda é a grande preocupação do brasileiro, mas na passagem de junho para julho o levantamento da ACSP constatou queda de 8 pontos percentuais (59% para 51%) entre os entrevistados que esperavam piora na situação do emprego.  

Nessa mesma comparação mensal, caiu de 42% para 37% os que acreditavam serem grandes as chances deles próprios, ou de conhecidos, perderem o emprego nos próximos seis meses.

A percepção de um mercado de trabalho mais estável dá mais segurança financeira para o consumidor. O INC mostra que, apesar de praticamente a metade (49%) dos entrevistados considerar a situação financeira pessoal ruim atualmente, a maioria acredita que suas finanças irão melhorar.

Em junho, 45% dos entrevistados esperavam melhora na situação financeira nos próximos seis meses. Em julho, subiu para 50% os que consideram essa possibilidade.

CONFIANÇA X CONSUMO

Com expectativas mais positivas em relação a emprego e finanças pessoais, o consumidor fica mais à vontade para programar compras de maior valor, como itens para o lar.

Segundo o INC de julho, 31% dos consumidores disseram que hoje estão mais confiantes para comprar um fogão ou uma geladeira do que estavam seis meses atrás. Em junho, 29% tinham esse posicionamento.

Para compras ainda maiores, de um carro ou uma casa, na comparação com os últimos seis meses, hoje 29% dos entrevistados disseram que estão mais propensos a essas aquisições. Em junho, eram 26%.

FORÇA DO AGRONEGÓCIO

A melhora na confiança do consumidor em julho foi puxada pela região Centro-Oeste. “Isso refle os efeitos positivos do boom do agronegócio”, diz Gamboa.

A confiança do consumidor do Centro-Oeste saiu de 83 pontos, em junho, para 91 em julho, a maior alta entre as regiões. No Sudeste, passou de 71 pontos para 75; no Norte, de 76 pontos para 80; no Nordeste, de 61 pontos para 65; e no Sul, se manteve em 66 pontos.


Fonte: Diário do Comércio

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